Não me apetece falar.
Não tenho assunto.
Nunca me faltou assunto,
Do sorriso ao brilho dos olhos,
A ambição, a voz, a musica.
Falta-me a voz,
Não pelo aperto da garganta, mas pelo pó que cobre tudo
Pela surdina que abafa o som,
Pela cortina que mata as cores. Que desfoca.
Camada a camada, terraplanada,
E um surpreendente vazio que enche.
26 novembro 2008
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