Vamos fugir.
Eu digo sempre isto, vamos fugir
Mas digo-o de coração.
Fugir por aí, como se não fossesmos mais que correntes de ar,
E esquecer o mundo; eu vou esquecer o meu mundo
E afundar-me no castanho dos teus olhos
Onde parece existir uma alma maior que duas da minha
Esse sitio onde me sinto em casa.
Deixa-me fugir daqui,
Eu penso sempre isso, em fugir daqui
Fugir e voar, como se não fosse nada,
Ver tudo pequenino lá de cima.
E esquecer, simplesmente esquecer,
Porque não tenho os teus olhos para me afundar
Nem alma para me sentir em casa, nem nada.
Apenas a vontade de fugir.
07 janeiro 2008
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